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Relatos: Victória Dornelles fala sobre ser uma mulher trans e acompanhante

Relatos: Victória Dornelles fala sobre ser uma mulher trans e acompanhante

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Redação Breno

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Relatos: Victória Dornelles fala sobre como é ser uma mulher trans e acompanhante

Prosseguindo com a temática do mês do Orgulho LGBTQIA+, trouxemos o terceiro relato de uma série de entrevistas que realizamos com acompanhantes da plataforma que fazem parte da comunidade LGBTQIA+, e como é sua vivencia sendo acompanhante.

Mas antes, você pode acompanhar os relatos anteriores aqui no Fatal Blog. Como o texto da Kelly Medeiros, embaixadora Fatal Model, falando sobre sua experiência como mulher bissexual e acompanhante. Ou então, o relato do Junior Pacheco, e como a carreira de acompanhante influenciou em sua descoberta como bissexual.

Mas hoje, conversamos com Victória Dornelles, mulher trans, acompanhante e influenciadora Fatal Model. A Vicky fala um pouco como foi para ela e para sua família a transição de gênero. E além disso, como é ser uma mulher trans e acompanhante.

Continue o artigo do Fatal Blog.

Victória Dornelles e sua trajetória de autoconhecimento como mulher trans

Desde que me entendo por gente não me sentia confortável quando se referiam a mim com pronomes masculinos, quando me chamava de “ele”, me sentia mal até mesmo de me vestir com roupas masculinas. Eu sempre tive entendimento das coisas, e sabia que precisava me encontrar.

No inicio, passei pela experiência de ser “o menino gay”, mas mesmo assim sentia que faltava algo a mais. Através disso, comecei a me portar como mulher, me vestir como uma mulher. De repente, as pessoas começaram a se referi a mim com pronomes femininos, foi então que me senti mais segura de mim.

Eu sempre fui uma pessoa de atitude e de um autoconhecimento sobre mim (saber se autoconhecer é uma peça fundamental para que você se torne uma pessoa autoconfiante e decidida sobre suas ações e decisões), e quando “coloquei a cara a tapa” para o mundo, busquei estar com pessoas e lugares que me aceitavam da forma que eu era e sou. (busque estar perto de pessoas que te acrescentam conhecimento e te aceitam da maneira e com a essência única que há em você).

Hoje, com muito orgulho posso dizer sou menina “trans”, influencer e acompanhante da plataforma digital que mais cresce no Brasil, a Fatal Model.

Me descobri mulher trans: a reação da família, amigos e comunidade

Como família, eu considero apenas minha mãe e minha irmã. Logo de início, houve uma pequena rejeição momentânea, entendo que talvez seja por conta medo do preconceito da sociedade, mas logo em seguida houve compreensão.

Já com amigos e sociedade, creio que todos já sabiam como eu me sentia, pois sempre me falavam dos meus trejeitos. Então o fato de “sair do armário” era algo que todos já sabiam que uma hora ou outra iria acontecer, e minha transição não os surpreendeu.

Como a reação de todos impactou na minha carreira

Eu sempre me preocupei muito com a opinião da minha família. Sou normalista (pessoa que cursa Magistério), e minha mãe e irmã me apoiavam, e muito, com a carreira de professora, mas por ser uma mulher trans algumas áreas remuneradas ficaram restritas para mim no curso de magistério.

A pressão de ter que ajudar nas despesas de casa ia me corroendo cada vez mais. Foi então me tornei acompanhante e fui conquistando meu espaço, meu dinheiro. Isso me tornou uma pessoa muito mais confiante, fazendo com que nenhuma critica me abalasse.

Hoje, tenho a convicção que eu estou correndo atrás daquilo que beneficia a mim, e opiniões negativas não acrescentam em nada.

A Fatal Model e Eu – “Somos tudo aquilo que queremos ser”

Eu e a Fatal Model nos encontramos em uma situação bem atípica. Por cursar magistério, em uma determinada ocasião surgiu a proposta de fazer um trabalho sobre profissões antigas e nisso, busquei falar sobre a profissão de acompanhante. Para mim, não era possível falar sobre algo que eu nunca vivenciei. Por isso, busquei por temas, roteiros, sites, e por fim acabei me deparando com a Fatal Model, e pensei: Por que não fazer parte daquele meio?

Mas uma professora acompanhante? SIM! Nunca medi esforços para sair da minha zona de conforto e vivenciar algo novo.

Organização, variedade de informações, riqueza de conteúdos, preservação e segurança. Muitas outras coisas me chamaram a atenção no site.

Realizei meu cadastro e no mesmo dia surgiu meu primeiro atendimento, logo após o segundo, e o terceiro. Daquele momento em diante percebi que havia feito uma escolha, fui acolhida pela plataforma e tive um carinho e um olhar por igual. Conheci pessoas, dividi experiências, fiz meus horários, conheci lugares, e vi que ser acompanhante ia muito além do que imaginamos.

E sim, é possível ser acompanhante, mãe, esposa, filha, professora, entre outras coisas. E o Fatal me trouxe o verdadeiro sentido de “Liberdade”.

Do meu corpo.

Do meu sexo.

Da minha diversidade.

Para ser uma mulher trans e acompanhante.

Liberdade para ser quem eu quiser.

E por fim, eu convido você caro leitor, se ainda não conhece a plataforma, a acessar a Fatal Model e vivenciar essa experiência.

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