O atendimento com sexo anal é o segundo mais pedido no meu anúncio e imagino que seja para a maioria dos acompanhantes. Isso, pelo motivo de não haver muitas mulheres, profissionais ou não, que estão dispostas a experimentar, então é comum que muitos homens procuram por acompanhantes para ter a experiência.
No entanto, quando o(a) acompanhante ainda está no início da profissão é mais difícil traçar sua estratégia para esse tipo de atendimento, por desconhecer alguns costumes e perfil desse tipo de contratante.
Sempre evitei aceitar atendimentos dos quais eu não me sentia segura ou confortável com a pessoa no primeiro contato do WhatsApp, e essa minha precaução evitou que eu caísse em situações em que poderiam me deixar com memórias ruins.
E infelizmente sexo anal está entre as situações que podem traumatizar um profissional do sexo iniciante ou até mesmo quem já está na “estrada”. Algumas situações perigosas também inclui trabalhar de madrugada, pois nesse horário aparece muito contratante que já ingeriu bebida alcoólica ou entorpecentes.
Os tipos de perfis de contratantes que procuram mais pelo serviço
Do meu ponto de vista, existem três tipos de perfis de contratantes mais frequentes nesse serviço: o que tem uma parceira que nunca topa, os dotados, seja de comprimento ou de diâmetro e os viciados.
O primeiro e o terceiro são os mais problemáticos, ao meu ver, porque ambos vêm com muita sede ao pote e esses tem grande risco de não respeitarem os seus limites na hora H. O contratante que chega perguntando por sexo anal eu prefiro não atender, pois muitos que fazem essa abordagem, são afobados e querem passar horas na penetração.
O dotado, nem sempre é um problema, pois ele sabe que a maioria o recusa justamente pelo tamanho, por isso quando alguém aceita atendê-lo, o contratante dotado vai ter cuidado para garantir uma próxima vez.
É comum e justo que uma taxa a mais pelo serviço seja cobrada, mas só vale a pena se tiver confiança que não se machucará, ao contrário, algumas sessões de terapia para resolver o trauma sai mais caro.
A cilada do cachê mais alto nesse serviço
O sexo anal é uma experiência que vale a pena ter por ser algo muito prazeroso quando bem combinado e aproveitado. Todavia, para a mulher só será prazeroso se ela mesma conhecer muito bem o seu corpo para entender que posições proporciona prazer e quais dificultam.
Nesse contexto, não adianta citar a questão da intimidade que faz muita diferença quando os parceiros têm, claro, mas numa prestação de serviço muitas vezes não há tempo hábil para isso, então o jeito é ter estratégias para fugir de situações como a que vou contar agora.
Certa vez, negociei o serviço jogando um valor alto, cogitando que ele não toparia, mas não cogitei o comportamento do contratante e ele aceitou o valor. O resultado disso é que ele tinha um tamanho desconfortável em termos de diâmetro e durante a penetração forçou além do necessário, chegando a me machucar e ignorando um “pare”.
Então lembrei que não adiantaria eu protestar, pois o prazer de muitos homens está justamente na resistência da vítima, quanto mais se fala ‘para’, mais eles sentem prazer e insistem, machucando ainda mais.
Na mesma hora eu relaxei meu corpo, levei os pensamentos para outro lugar e deixei ele terminar, não foi mais que dois minutos, a partir daí eu mudaria minha estratégia, mesmo que eu perdesse alguns reais, mas não perderia a autoridade do meu corpo.
Alguns erros que cometi no início:
- Perguntar o tamanho do abençoado para o contratante não adianta, pois eles sempre acham que a sua ferramenta é menor do que deveria;
- Não ter um atendimento comum antes de aceitar um atendimento com anal. Por que é importante? Muitos homens que parecem passivos durante uma conversa, viram verdadeiros dominadores no quarto. Ter uma noção do comportamento dele na cama é importante antes de aceitar o sexo anal.
- Cobrar cinquenta reais a mais pelo serviço: por que não funciona? O anunciante ainda não sabe como o cliente vai se comportar e quanto tempo ele se mantém na penetração.
- Ter pouca experiência em sexo anal: não aceite o atendimento se ainda não tem muitas experiências, pois é importante conhecer algumas técnicas como as posições, quais delas te dão mais conforto, não vá na onda do que já assistiu em filmes adultos ou do que vai dar mais prazer para o contratante sem considerar os limites do seu corpo.
- Usar muito anestésicos para não sentir dor durante; o perigo aqui é exatamente o depois, é perigoso se machucar na penetração e não sentir na hora.
Como aceitar o atendimento sem se frustrar?
À medida que nós vamos criando experiências, também vai desenvolvendo estratégias que ficam melhor para cada um, afinal, cada profissional é singular e deve personalizar seu atendimento. método de trabalho que vou compartilhar é o que deu certo para mim de acordo com as minhas prioridades e necessidades.
Nesse sentido, é válido ressaltar que a minha sugestão é só mais uma opção caso você leitor e anunciante ainda não tenha desenvolvido uma forma de precificar esse serviço.
Atualmente, quando me questionam se eu aceito fazer o atendimento com sexo anal, ou o que o contratante gosta de chamar de “completo”, digo que aceito, mas só depois de um primeiro atendimento ou se nesse primeiro momento eu já me sentir à vontade e com segurança para fazer.
Nunca fecho esse pacote antes de conhecer a pessoa, pois como já citei nos parágrafos de cima, o contratante pode mudar de comportamento e se o sexo anal foi o único motivo pelo qual ele me contratou, vou frustrar suas expectativas se não cumprir conforme combinado, além de correr um risco de sofrer uma violência caso essa pessoa tenha um perfil agressivo que eu não percebi no agendamento.
Também antecipo os valores que cobro conforme cada dote sem perguntar a ele qual o seu tamanho específico, assim o assunto não rende e o contratante fica ciente do acréscimo. Aquela frase do “combinado não sai caro” é uma verdade no mundo de quaisquer negócios e aqui não é diferente.
Temos que ser o mais transparente possível com a pessoa que demonstra interesse no nosso trabalho, mas sem passar dos nossos limites em troca de alguns reais a mais que nem sempre fazem grande diferença no orçamento.