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E Se Eu me Apaixonar Pelo Cliente?

E Se Eu me Apaixonar Pelo Cliente?

Foto de Redação Nina Sag

Redação Nina Sag

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Ei, você acompanhante, tenho uma pergunta: Você já se apaixonou por um cliente? Essa é a temática do texto de hoje, trago toda a minha vivência como acompanhante que já passou por essa experiência.

Se apaixonar pelo cliente, bem sabemos, não é algo singular desse ramo, isso pode acontecer em qualquer outra prestação de serviço, em empresas e faculdades, por exemplo. Não estamos imunes às flechas do cupido em nenhum lugar, imagina dentro de um quarto onde o contato íntimo é direto.

É mais recorrente acontecer no início da profissão, principalmente, se o acompanhante não se preparou psicologicamente para separar trabalho de vida pessoal. Já tive contato direto com muitas mulheres que logo de cara se apaixonou pelo cliente e até desistiu de seguir no ramo.

Em geral, a sociedade pensa que os homens cis que procuram o serviço tratam as garotas de programa como objeto e apenas para sexo. Porém, a realidade é diferente. Existe sim, os joios desse trigo que possuem qualquer desapego emocional e só procura uma acompanhante para satisfazer seus desejos sexuais de maneira muito mecânica, mas não é a maioria.

Homens também são carentes e querem atenção como as mulheres, no quarto eles também querem flertar, agradar, seduzir e ser seduzido e é nesse momento que essa chave de profissional e pessoal pode ser confundida rapidamente.

Quando apenas uma das partes se apaixona pela outra é mais fácil se resolver, pois se não existe reciprocidade, alguém acaba por entender e se afastar. Por outro lado, se os dois se envolvem emocionalmente, então é aí que mora o perigo.


Aconteceu comigo, eu me apaixonei


Três meses depois de começar a trabalhar como acompanhante, conheci, coincidentemente, dois clientes no mesmo mês que balançaram o meu coração. Ambos moravam fora do meu Estado, o que já era mais fácil para lidar, mas os dois eram lindos, educados, muito agradáveis e no sexo rolava muita química.

De um deles, me desvinculei bem rápido, foi apenas uma paixonite aguda e passageira. Do outro, a história rolou por mais de um ano. Por consequência de um projeto dele na empresa da minha cidade, ele vinha quinzenalmente.

Nós só percebemos que estávamos envolvidos depois de três meses, nossos encontros eram sempre muito leve, passávamos horas conversando e por um tempo dormimos juntos quando ele estava na cidade.

Quando a minha ficha caiu que eu estava apaixonada, pensei muito na questão financeira, se continuava ou não a receber pelos atendimentos, mas o problema era que o sujeito não era solteiro. Se eu abrisse mão do dinheiro, corria o risco daquela linha tênue entre cliente e acompanhante virar algo diferente, e se no final eu me magoasse, provavelmente, me sentiria usada.

Durante um encontro conversei com ele sobre o assunto, expus como me sentia e também analisei que o dinheiro não me fazia mal, pelo contrário, pagava as minhas contas e de quebra, eu sempre comprava algo novo para usar quando ele vinha, então mantemos o acordo financeiro, mas eu também sabia que aquilo tinha data para acabar.

Quando o projeto acabou, nós ainda contávamos com mais uma última viagem dele à minha cidade, mas mudaram os planos e sua vinda foi cancelada. Nossa despedida formalmente não aconteceu e isso me doeu por um tempo, embora eu já soubesse que isso aconteceria.

Apesar dele mencionar a intenção que tinha em ter algo mais sério comigo se fosse solteiro, nunca trocamos juras de amor. Fomos até bem realista por sinal. Foi um período gostoso, curtimos a companhia um do outro, meu cachê era sempre pago, nunca houve cobrança de nada porque não havia necessidade e foi um dos relacionamentos mais leves que já tive. Acabou com uma sensação de apenas gratidão por tê-lo conhecido.


É importante entender isso para se proteger


Infelizmente as histórias de acompanhantes que se apaixonam pelos seus clientes são bem diferentes, muitas abrem mão de tudo para entrar no relacionamento e a consequência é a frustração, a sensação de ter sido usada e por fim, retornam a profissão mais necessitadas do que na primeira vez, atrasando seus objetivos.

Claro que para toda regra tem exceção, já vi história de acompanhante e cliente dar certo, mas nem todo mundo vai ter um final de contos de fadas como no filme Uma Linda Mulher. Principalmente se o “príncipe encantado” for casado.

Não espere e nem queira que ele deixe a esposa para se relacionar com você, porque ainda que dê certo, sempre será lembrada na história de vocês e na família dele por isso.

Jamais abra mão do seu cachê enquanto ele for um cliente, a menos que você já o conheça o suficiente para trazê-lo para sua vida pessoal como relacionamento sério proposto por ele.

Mantenha seus objetivos como foco, coloque a sua independência financeira acima de qualquer romance e paixão, porque essa não dura, mas a responsabilidade de pagar suas próprias contas permanece durante toda a sua vida.

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