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AIDS: Mitos e verdades sobre a doença

AIDS: Mitos e verdades sobre a doença

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Redação Alexa

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AIDS: Mitos e verdades sobre a doença

Desde 1981, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é conhecida, mas até hoje a doença é extremamente estigmatizada. Diversas pessoas soropositivas relatam que o pior de possuir a doença é o preconceito que sofrem, pela falta de informação da população em geral.

Mesmo depois de anos, a sociedade ainda não sabem o que é mito ou verdade em relação à doença, gerando mais pré-julgamentos a cerca da doença, e consequentemente, afetando os avanços na luta contra a AIDS.

Em comemoração ao Dia internacional da Luta contra AIDS, celebrado em 1º de dezembro, confira mais informações sobre a doença que atinge cada vez mais jovens.

O que é a AIDS?

A AIDS é causada pelo vírus da imunodefiência humana (HIV). Sua transmissão ocorre comumente durante a relação sexual sem uso de preservativo e pela troca de fluidos corporais, mas essa não é a única forma de transmissão.

O contágio também pode acontecer durante a gravidez, no parto, em transfusões sanguíneas, transplantes de órgãos, pela amamentação e por compartilhamento de agulhas contaminadas.

HIV e AIDS: Entenda a diferença

O HIV (vírus da imunodeficiência humana) é o vírus que provoca a imunodeficiência humana. Ele ataca o sistema imunológico e deixa o organismo sem defesa contra outras infecções. Conforme a infecção pelo HIV avança, o sistema imunológico vai enfraquecendo até não conseguir mais combater outros agentes infecciosos.

Na medida em que se multiplica, o vírus HIV vai incapacitando o sistema imunológico da pessoa, permitindo que ela desenvolva outras doenças, que são chamadas de oportunistas. Quando isso acontece é que a pessoa desenvolve a aids. Ou seja, a diferença entre HIV e aids, é que HIV é o vírus que pode provocar a aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).

Mas, isso leva um tempo para acontecer – que pode variar bastante – desde o momento em que alguém é infectado pelo HIV. Quando a pessoa é contaminada, passa a ser soropositiva. Porém, muitos soropositivos podem viver anos com o vírus sem desenvolver a doença e ter sinais e sintomas de aids. No entanto, mesmo sem desenvolver a doença, quem tem o vírus HIV pode transmiti-lo para outras pessoas.

Mitos e Verdades sobre a AIDS:

1. O vírus pode ser transmitido a partir do compartilhamento de objetos pessoais, beijos e abraços

Mito – A transmissão pelo vírus da AIDS se dá por meio do sangue, sêmen, secreção vaginal ou leite materno contaminados. Dessa forma, você pode conviver com uma pessoa portadora do HIV e compartilhar do mesmo espaço físico sem ter medo de pegar o vírus.

Também não se pega Aids através do suor ou lágrima, picada de inseto, aperto de mão, sabonete, toalha, talheres e copos, piscina ou banheiro. Quanto mais respeito e carinho você der a quem vive com HIV/Aids, melhor será a resposta ao tratamento, porque o convívio social é muito importante para o aumento da autoestima das pessoas.

2. O HIV pode ser transmitido durante a prática esportiva

Mito – Não há evidências de risco de transmissão do HIV sem a existência de feridas ou lesões cutâneas que sangram, portanto não há comprovação de infecção na prática de esportes.

3. A camisinha é 100% segura para evitar a Aids

Mito – É preciso verificar se o produto está dentro do prazo de validade e se tem a certificação do Inmetro. Preservativos não testados podem ter microperfurações, por onde o vírus passa.

Algumas recomendações: não guardar a camisinha em locais expostos ao sol, como porta-luvas, não abrir a embalagem com os dentes e desenrolar com cuidado, segurando na ponta para deixar uma folga para o ar.

4. HIV pode ser transmitido durante o sexo oral

Verdade – A transmissão do HIV ocorre quando há uma troca de fluidos corporais, como no caso do sexo oral, quando há feridas abertas como cortes ou machucados na boca ou gengiva ou infecções na garganta ou na boca que estejam inflamadas.

Ter a informação correta é o primeiro passo para acabar com o preconceito e se prevenir contra o HIV. Em caso de suspeita de infecção, procure um médico infectologista e faça o exame. Só assim será possível combater a doença, em caso de contaminação, e ter uma vida com mais qualidade.

5. O vírus da Aids é transmitido somente pelo sangue

Mito – O vírus da Aids é transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno. Por isso, é possível conviver normalmente com pessoas portadoras do vírus, porém recomenda-se não compartilhar objetos perfuro-cortantes como alicate de unha e barbeador.

6. Mulheres soropositivas podem engravidar sem que o vírus HIV seja transmitido?

Verdade. As mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

Por isso, é fundamental que a gestante soropositiva inicie o pré-natal tão logo perceba que está grávida e comece a terapia antirretroviral segundo as orientações do médico e do serviço de referência para pessoas que convivem com o HIV/AIDS.

Além disso, a gestante deve fazer os exames para avaliação de sua imunidade e da quantidade de vírus em circulação em seu organismo.

Para evitar a infecção pelo vírus HIV durante o período da gestação, parto ou aleitamento materno, a gestante portadora do vírus pode realizar acompanhamento pré-natal gratuitamente por meio do SUS e prevenir esse tipo de transmissão.

Como prevenir a Aids/HIV?

O preservativo, ou camisinha, é o método mais conhecido, acessível e eficaz para se prevenir da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis, a gonorreia e também alguns tipos de hepatites. Além disso, ele evita uma gravidez não planejada.

Existem dois tipos de camisinha: a masculina, que é feita de látex e deve ser colocada no pênis ereto antes da penetração, e a feminina, que é feita de latex ou borracha nitrílica e é usada internamente na vagina, podendo ser colocada algumas horas antes da relação sexual, não sendo necessário aguardar a ereção do pênis.

A PEP é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras ISTs. Consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio

Há diversos textos aqui no Fatal Blog falando sobre a importância de utilizar preservativos e o uso da PEP e PREP. Confira:

https://fatalmodel.com/blog/dicas/preservativos-qual-a-melhor-opcao/
https://fatalmodel.com/blog/dicas/saude-metodos-de-prevencao-contra-infeccoes-sexualmente-transmissiveis-ists/
https://fatalmodel.com/blog/dicas/hiv-e-prevencao-entenda-o-que-e-e-para-que-serve-o-prep-e-o-pep/
https://fatalmodel.com/blog/dicas/os-riscos-do-sexo-oral-sem-preservativo/
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