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Como negociar com clientes por WhatsApp?

Como negociar com clientes por WhatsApp?

Foto de Redação Nina Sag

Redação Nina Sag

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Como negociar com clientes por WhatsApp?

Em tempos de redes sociais e mensagens de texto rápidas, com imagens e áudios, é um grande conforto poder saber quem é a pessoa do outro lado da tela do celular. Como diz o ditado – uma imagem vale mais do que mil palavras. Mas será que só saber quem é seu cliente, basta para aceitar o atendimento por WhatsApp?

Com tanta facilidade da tecnologia atual ficou mais fácil trabalhar como uma profissional do sexo? Ainda existe acompanhantes que atendem clientes que agendam por ligação?

Parece uma missão simples pegar o aparelho, entrar no site e selecionar um acompanhante e mandar mensagem, fazendo um primeiro contato para ver o que rola. No entanto, só parece mesmo. Esses aplicativos demonstram de cara o nível de educação e intelectual do cliente que contrata e do profissional que atende.

Nesse artigo, vou te mostrar, com base na minha experiência pessoal, como uma simples mensagem pode facilitar ou dificultar o fechamento de negócios entre profissionais do sexo e clientes.

Como avaliar as mensagens no WhatsApp?

Todo mundo que negocia um serviço, seja o cliente ou o prestador, tem em mente os seus critérios para manter uma negociação. Quando comecei a trabalhar como acompanhante o meu era bem baixo, mas a experiência de uns meses depois melhorou meus parâmetros do perfil de cliente que eu gostaria de atender.

Então um profissional do sexo escolhe seus clientes, Nina? Com certeza. A escolha do nosso cliente, mesmo que algumas o fazem inconscientemente. Isso começa quando construímos nosso anúncio e definimos o valor do cachê, mas já falamos sobre isso aqui no blog, e essa seletividade continua quando estamos trocando mensagens para um possível agendamento.

O primeiro contato

O nível de educação, algo muito importante para nós, pode ser capturado logo nas primeiras frases de abordagem, por exemplo: “Olá, gostaria de saber se está disponível?” ou “Oi, que horários disponíveis você tem para hoje?”.

Quando a pessoa me aborda assim: “tá livre?” ou a primeira mensagem é: “como funciona?” por diversas vezes nem respondo, pois se esse ser humano não se deu o trabalho de enviar um “bom dia/boa tarde” e não leu meu perfil para ver se realmente é o que o interessa, não perco o meu tempo.

Você aí do outro lado pode pensar: para que toda essa chatice? Calma que eu chegarei lá. O trabalho de uma/um acompanhante é extremamente íntimo e antes de encontrar o cliente pessoalmente. Ainda que vejamos fotos dele, não tem como saber muito mais a respeito, se não pela educação que ele nos aborda.

Ainda assim é um risco, pois nunca sabemos como a pessoa vai se comportar dentro de quatro paredes. Portanto, analisar se essa pode ser ignorante ou não é uma espécie de peneira que precisamos fazer nesse primeiro momento de troca de mensagens e o agendamento por WhatsApp.

Raciocine, se o possível cliente não tem a sensibilidade de te tratar bem pelo celular, quem garante que ele vai te tratar bem quando estiverem cara a cara? Engana-se quem pensa que um profissional do sexo deve ou precisa se sujeitar a qualquer coisa.

Entretanto, vale lembrar que estamos falando de profissionais sérios, que leva seu trabalho realmente como um negócio e se importa com o tipo de cliente que vai lidar no dia a dia.

Nada de grandes “intimidades” por WhatsApp

Outro tipo de abordagem ruim é quando ele manda de cara um “oi amor” ou “oi bebê”. Normalmente eu respondo brincando: “para chamar de amor é mais caro”. A maioria deles pede desculpa e em seguida, eu digo qual é meu nome e que gosto de ser tratada por ele.

Se me comporto como profissional, quero ser tratada como tal. Nesse primeiro contato não dou margem para essas intimidades. Porque uma vez que o cliente percebe que pode ir além e abusar um pouco, ele vai abusar. Seja pedindo um desconto, seja querendo passar mais tempo sem pagar ou sendo inconveniente com perguntas pessoais.

O cliente não pode ir para o encontro pensando que tem carta branca para fazer ou ficar o tempo que quiser. Vou te dar um exemplo clássico do comércio: quem entra num restaurante self-service pagando um valor fixo independe da quantidade de comida, muitas vezes enche o prato, não dá conta e o que sobra vai para o lixo.

Ao contrário, se você tiver que pagar pela quantidade que vai colocar, vai pensar duas vezes em jogar seu dinheiro fora, por isso será mais cauteloso na escolha. Em resumo, quando mexe no bolso, as pessoas são mais cuidadosas.

Nesse sentido, o cliente vai ser cauteloso com o/a acompanhante se perceber logo de cara que ele/ela leva seu trabalho a sério. Pense assim, homens não chegam numa barbearia (que também é um prestador de serviços) e fala: “oi bebê, quero fazer a barba” ou no gerente do seu banco dizendo: “oi amor, quero um empréstimo”.

Se as pessoas respeitam outros prestadores de serviços tratando-os com certa formalidade no início dessa relação comercial, por qual motivo será diferente com um acompanhante profissional?

Eduque o seu cliente. Quando for abordada(o) de uma maneira que não gosta, diga com educação o jeito que prefere, a maioria se corrige e segue com a negociação. Não tem como mudar esse ramo exigindo respeito das pessoas se os próprios profissionais não se levam a sério.

Seja profissional em seu atendimento via WhatsApp

Da mesma forma que não deve aceitar ser tratada por amor ou bebê também não deve tratá-los, principalmente se ele não deu espaço para isso. É uma prática das mulheres ser excessivamente carinhosa e pensar que todo homem curte isso.

Ouvi de vários clientes que as próprias acompanhantes é quem começam a chamá-los de amor. Porém, a maioria também não gosta, mas não as corrigem por educação. Com isso, muitos desistem de contratar o atendimento por esse tipo de mensagem, pois demonstra falta de profissionalismo.

A maioria deles seguem o mesmo raciocínio que abordei até agora. Se a(o) acompanhante não está sendo profissional na troca de mensagens, quem garante que ela será quando estiver no quarto?

A intimidade que precisa entre cliente e profissional para que não ocorra um atendimento mecânico vai ser desenvolvida nos primeiros momentos do encontro pessoal. Até lá, haja com educação e profissionalismo

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