Você sabe do que se trata o Outubro Rosa? Outubro Rosa é uma campanha realizada mundialmente em outubro, com o foco em alertar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e, mais recentemente, também sobre o câncer de colo do útero.
A mobilização visa também à disseminação de dados preventivos e ressalta a importância de olhar com atenção para a saúde, além de lutar por direitos como o atendimento médico e o suporte emocional, garantindo um tratamento de qualidade.
Durante o mês, diversas instituições abordam o tema para encorajar mulheres a realizarem seus exames e muitas até os disponibilizam. Iniciativas como essa são fundamentais para a prevenção, visto que nos estágios iniciais, a doença é assintomática.
Continue a leitura para entender melhor a relevância do assunto.
A relevância do Outubro Rosa na conscientização
Segundo o Ministério da Saúde, em 2019, o Brasil registrou 18.068 mortes por câncer de mama, sendo o principal tipo da doença que leva mulheres a óbito.
Esses números estão atrelados a falta de conhecimento da sociedade a cerca do assunto, dos sintomas, métodos de prevenção e tratamentos para a doença. E é exatamente o intuito da campanha.
O objetivo principal do Outubro Rosa é chamar atenção para a importância do diagnóstico precoce e para o tratamento adequado da doença.
Conheça os sintomas para o câncer de mama
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são:
- edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja;
- retração cutânea;
- dor;
- inversão do mamilo;
- hiperemia;
- descamação ou ulceração do mamilo;
- secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama.
A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas, que significa conhecer o que é normal em seu corpo e quais as alterações consideradas suspeitas de câncer de mama, é fundamental para a detecção precoce dessa doença.

Vale ressaltar que o autoexame auxilia no diagnostico precoce, porém, não anula a necessidade do diagnostico médico.
Prevenção é o melhor remédio
A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função dos múltiplos de fatores relacionados ao surgimento da doença e ao fato de vários deles não serem modificáveis. De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores, especificamente aqueles considerados modificáveis.
Os principais fatores de risco comportamentais relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama são: excesso de peso corporal, falta de atividade física e consumo de bebidas alcoólicas.
Estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Controlar o peso corporal e evitar a obesidade, por meio da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas são recomendações básicas para prevenir o câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.
A terapia de reposição hormonal (TRH), quando indicada, deve ser feita sob rigoroso controle médico e pelo mínimo de tempo necessário.
Lembrando que é um mito comum o pensamento de que câncer de mama só aparece em quem tem histórico familiar. Vale lembrar, no entanto, que o inverso também não é verdadeiro. Não ter ninguém na família com câncer de mama não é sinônimo de proteção, a prevenção é indispensável em ambos os casos.
Tratamentos para o câncer de mama
Para o tratamento de câncer de mama, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos os tipos de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos.
A lei nº 12.732, de 2012, estabelece que o paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias a partir do dia em que for diagnosticado em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a urgência do caso.
É importante reforçar que, para que o prazo da lei seja garantido a todo usuário do SUS, é necessária uma parceria direta dos gestores locais, responsáveis pela organização dos fluxos de atenção. Estados e municípios possuem autonomia para organizar a rede de atenção oncológica e o tempo para realizar diagnóstico depende da organização e regulação desses serviços.
O tratamento do câncer de mama é feito por meio de uma ou várias modalidades combinadas. O médico vai escolher o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o tipo do câncer e a extensão da doença.
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